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Apesar de ter enfrentado várias adversidades, mesmo assim, o Brasil conseguiu sair ileso das guerras ocorridas, das pandemias e das bobagens exercidas por grande parte da classe política dominante de cada época. Quando ocorreu a proclamação da República em 1889, o país começou a engatinhar com tudo sendo resolvido só depois da opinião final do maior jurista daquele tempo: Ruy Barbosa. Com a l Guerra Mundial ainda em curso, surge a Gripe Espanhola que dissipou milhares de pessoas, inclusive, do Presidente eleito em 1918, Rodrigues Alves, morto antes de tomar posse.
Foi uma fase dificílima enfrentada, mas, logo no início dos anos 1920, com a criação do Rádio, a Semana de Arte Moderna, as revoltas tenentistas e a fundação em Niterói do Partido Comunista do Brasil, a partir daí começa, realmente, a fase de transformações e o começo do fim da Velha República. A alma de nosso povo foi levada a ficar ligada nas Rádios que se iniciavam e transmitiam com as devidas dificuldades à época, como a Revolução Russa foi empreendida e onde queria chegar. O Brasil convivia sempre de incertezas, todavia, conseguiu criar vários movimentos, mas, já no governo Epitácio Pessoa - 1919/1923 - o Partido Comunista entrou na clandestinidade com seus grandes baluartes Luís Carlos Prestes e Astrogildo Pereira jamais desistindo da luta. No entanto, nunca chegaram aonde pretendiam, mas, seus ideais tiveram muitos seguidores.
Outra fase difícil ocorreu durante a ll Guerra Mundial. O país resolveu fazer parte do grupo aliado, capitaneado pelos Estados Unidos e foi para o confronto sacrificando a vida de inúmeros brasileiros que haviam sido convocados para o combate na Itália. Os movimentos artísticos foram totalmente paralisados, sem data para retornar suas atividades. Tudo pela insegurança provocada pelo alemão, Adolf Hitler, que não tinha qualquer controle nas suas loucas decisões. O que mereceu importância naquele tempo foram as Leis Trabalhistas entrando em vigor e quando o Ditador Getúlio Vargas, através de acordo com os Estados Unidos, criou a Petrobrás e a Cia Siderúrgica Nacional (CSN).
Ainda bem que naquele início e quase meio do século o Brasil tinha Ismael Silva, Donga, Pixinguinha, Carmem Miranda, Cartola, Lamartine Babo, Sylvio Caldas, Francisco Alves, Dorival Caymmi, Ary Barroso e outros que mostraram os seus talentos e suas criatividades que deram o tom de alegria necessária ao nosso combalido povo. Esses sim, fizeram a diferença.
Fora isso, aqueles dezenove anos do Governo Vargas (1930 a 1945) e mais quatro (1951 a 1954) ficaram marcados com a prisão de seu chefe de segurança - Gregório Fortunato, que morreu no presídio, e o suicídio do próprio Presidente no Palácio do Catete em 24.08.54. Desenvolvimento mesmo foi quando Juscelino Kubischeck assumiu em 1956 e, em cinco anos, revolucionou o Brasil com a indústria automobilística e a criação da nova capital Brasília.
Juntamente com tudo isso, nas artes surge a Bossa Nova com João Gilberto, Tom, Vinicius, Carlos Lira, Menescal, Baden Powell, Geraldo Vandré, Chico Buarque e outros. Era tempo de ouvir Elizeth Cardoso, Silvinha Telles, Elis Regina e Nara Leão. Em seguida, o país mergulha por vinte anos na Ditadura Militar e parte de nossos grandes astros da música são exilados, as lideranças estudantis desapareceram e, pior, na volta à democracia, fomos obrigados a aguentar José Sarney por seis anos e prosseguiu com Fernando Collor de Mello que saiu através de um impeachment. Também passamos por seis anos com Dilma Roussef, outra afastada por impeachment. Felizmente, após a epidemia da Covid 19, só os brilhos de Fernanda Torres e de nossa eterna Fernanda Montenegro para voltar a alegrar nossa gente. Abafaram no filme "Ainda estou aqui".
A SORTE DOS BRASILEIROS É QUE O CINEASTA BOTAFOGUENSE WALTER SALLES ESTÁ POR AQUI!