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Bandidos cavam túnel para fugir de presídio em Bangu
Os mentores intelectuais do empreendimento podem ser os perigosos “Bolado da Providência", "Piná", "Capoeira" e "Caveirinha"
Bandidos cavam túnel para fugir de presídio em Bangu
Foto do autor Pedro Menezes Pedro Menezes
Por: Pedro Menezes Data da Publicação: 03 de setembro de 2024FacebookTwitterInstagram
Foto: Reprodução

A Secretaria de Administração Penitenciária (Seap) do Rio anunciou nesta segunda-feira (2) a descoberta de um túnel em construção no presídio Vicente Piragibe, em Bangu, Zona Oeste do Rio. A entrada do túnel foi localizada na horta da unidade prisional, e, embora a escavação ainda estivesse inacabada, a Seap confirmou que nenhum detento conseguiu fugir.

A descoberta ocorreu após os policiais penais da Subsecretaria de Gestão Operacional receberem uma denúncia indicando que presos estariam tentando acessar a rede de esgoto como parte de um plano de fuga. A partir dessa informação, a Seap intensificou o monitoramento com o apoio de equipes operacionais de outras unidades prisionais.

Segundo informações da Seap, o túnel seria utilizado para uma fuga em massa de membros da facção criminosa Comando Vermelho, que cumprem pena em regime semiaberto no presídio. A unidade abriga alguns dos criminosos mais perigosos do estado, incluindo Márcio Aurélio Martinez Martelo, conhecido como "Bolado da Providência", Bruno Eduardo da Silva Procopio, o "Piná", Ilan Nogueira Sales, chamado de "Capoeira", e Gilberto Soares Alves, o "Caveirinha".

A Seap instaurou uma sindicância para investigar os responsáveis pela tentativa de fuga. A secretária da Seap, Maria Rosa Lo Duca, afirmou que todos os envolvidos já estão sendo identificados e serão isolados por tempo indeterminado. “Certamente, eles retornarão ao regime fechado”, declarou Lo Duca.

Essa não é a primeira vez que o Instituto Penal Vicente Piragibe registra uma tentativa de fuga por meio de um túnel. Em 2013, 31 presos escaparam da mesma unidade através de uma escavação semelhante. Na ocasião, as investigações apontaram que os detentos utilizaram ferramentas do próprio presídio para construir o túnel, aproveitando-se da autorização que tinham para trabalhar nas tubulações por onde fugiram.

Desta vez, o setor de inteligência da Seap identificou que mais de 10 chefes do tráfico estavam envolvidos na tentativa de fuga, sendo seis deles classificados como de altíssima periculosidade.

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