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A atriz Elizângela do Amaral Vergueiro, mais conhecida apenas como Elizângela, morreu aos 68 anos nesta sexta-feira (4) em Guapimirim, no estado do Rio.
Segundo a Prefeitura Municipal de Guapimirim, a atriz deu entrada no Hospital Municipal José Rabello de Mello com uma PCR (parada cardiorrespiratória, depois de ser pronto atendida pelas equipes do SAMU.
Houve tentativa de reanimação tanto no translado, quanto na unidade, mas sem êxito.
"A Prefeitura Municipal de Guapimirim, lamenta a morte da consagrada atriz. Esta é a segunda vez que o sistema de saúde do município atendeu Elizangela. Na primeira, Elizangela deu entrada na unidade com graves problemas respiratórios, e depois de algumas semanas, teve alta da unidade", disse a administração municipal.
Em nota, o governador Cláudio Castro (PL) exaltou a vida da artista:
"O Brasil perdeu hoje uma das suas maiores estrelas dos palcos e da TV. A atriz fluminense Elizangela dedicou seu talento a representar personagens emblemáticos, que tanto retratam a cultura e o jeito de ser do Estado onde nasceu, o Rio de Janeiro.
Ao longo dos seus 61 anos de carreira, Elizângela encantou espectadores com beleza e bom humor, seja nas peças, novelas, e seriados que estrelou. Sem dúvidas, sua partida deixa tristeza e comoção nos fãs da dramaturgia brasileira.
Neste momento de tristeza, quero manifestar meus sentimentos aos familiares e amigos da atriz, pessoas que tiveram a honra de conviver com a luz de Elizângela".
Carreira
A atriz Elizangela nasceu no Rio de Janeiro. Começou a carreira, aos sete anos, na TV Excelsior e, aos 12, estreava na Globo como assistente do 'Capitão Furacão'. Aos 15 anos, fez a primeira novela, 'O Cafona', de Bráulio Pedroso.
Interpretou diversos personagens marcantes na televisão, entre eles a bela e mimada Patrícia de Locomotivas (1977), a dissimulada Mariúcha de Jogo da Vida (1982), a obsessiva Marilda de Roque Santeiro (1985), a extravagante Rosemary Pontes de Pedra sobre Pedra (1992), a suburbana Magnólia de Por Amor (1997), a divertida Noêmia de O Clone (2001), a chantagista Djenane de Senhora do Destino (2004), a interesseira Shirley Miranda de Cobras & Lagartos (2006), a cafetina misteriosa Cilene de A Favorita (2008) e a divertida Nicole no remake de Ti Ti Ti (2010).
Em 2017, viveu um dos grandes momentos de sua carreira, ao interpretar a sofrida Aurora Duarte, mãe da Bibi Perigosa de Juliana Paes na novela A Força do Querer, de Glória Perez. Em 2019, entrou para o Elenco de A Dona do Pedaço de Walcyr Carrasco como Carmelinda Barboza.
Em seus últimos anos, Elizângela viveu sozinha em seu apartamento na Zona Sul do Rio de Janeiro. Solteira, era eventualmente vista acompanhada de homens anônimos e famosos, mas não assumiu nenhum relacionamento sério para a mídia. Em entrevistas afirmou estar muito bem e feliz.[7] Informou uma curiosidade do início de sua carreira, pois foi uma das primeiras atrizes a não usar algum sobrenome em seu nome artístico pois, na época, acabou seguindo o conselho de um funcionário do departamento de elenco, onde foi informada que utilizar seu nome de batismo, Elizângela Vergueiro, ficaria muito longo e não chamaria atenção. A artista optou, então, por deixar somente Elizângela.
Postura antivacina da Covid-19
Publicamente contrária à vacina da COVID-19, Elizângela contraiu a doença e foi hospitalizada no dia 20 de janeiro de 2022 em estado grave, precisando ser intubada. Por sua recusa em se vacinar, em junho de 2022 a atriz foi cortada do elenco da telenovela Travessia, ainda na fase de desenvolvimento pela Globo, e impedida de participar de qualquer outro trabalho enquanto não se vacinasse. Em 2021 a emissora havia determinado que todos os seus funcionários deveriam comprovar estarem vacinados.