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APAGANDO AS CONQUISTAS DOS IDELAISTAS ESTUDANTIS
APAGANDO AS CONQUISTAS DOS IDELAISTAS ESTUDANTIS
Foto do autor Jourdan Amóra Jourdan Amóra
Por: Jourdan Amóra Data da Publicação: 12 de abril de 2025FacebookTwitterInstagram

Raras vítimas da raiva repressiva dos passados 61 anos da conquista do Poder Civil ainda estão vivas entre nós, como o economista Emmanoel Sader. Ele havia conquistado o mérito de adquirir uma sede própria para a Federação dos Estudantes Secundários de Niterói (FESN), entidade que iria completar 14 anos de atuação no dia 24 de maio DE 1964.
Os agentes da repressão, buscando provas de "subversão" como fizeram em outras entidades comunitárias, invadiram a sede da FESN, nada encontrando com referência ao Golpe ou ao Contra-Golpe.
O líder estudantil não tinha a menor vinculação com as esquerdas e não foi poupado nem quando se revelou a sua condição de genro de um general que havia sido Secretário Estadual de Obras. Circulou a informação de que a bravata teria sido provocada por um ex-filiado da entidade, a esta altura vinculado a um sindicato que acabou sendo beneficiado com o espaço e logo  provocando o  fim da ativa FESN.
Nem mesmo Joaquim Metralha havia ousado atingir a Federação que reunia mais de cinco mil secundaristas, às vezes envolvidos em campanhas contra a majoração das anuidades escolares. O presidente do Sindicato dos Diretores de Colégios, professor Plinio Leite, não aproveitou o momento para se insurgir contra dois ex-presidentes da FESN, este colunista e Pedro Rubens Mandarino, este tendo o adendo de haver presidido o Sindicato dos Comerciários.        
Esta entidade estudantil foi ativa em campanhas como a sugestão de criação de uma Universidade Federal no Estado do Rio, defesa do bom uso de bolsas estaduais de ensino, construção ou, melhorias em escolas, apoio à Campanha Nacional de Educandários Gratuitos, fornecimento de cadernos escolares através da Imprensa Oficial e meia-passagem estudantil nos bondes e ônibus elétricos, além do desconto de 50% nos ingressos de cinemas e casas de diversões.
Mais tarde Emmanoel foi presidente do Banco Interamericano de Desenvolvimento, sediado em Caracas (Venezuela).
 

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