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O presidente Luís Ignácio Lula da Silva descartou uma intervenção federal no estado do Rio por causa dos atos de terrorismo praticados pela milícia ontem (23).
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Não queremos pirotecnia, como foi feita a intervenção no Rio e não resultou em nada. Não queremos tirar autoridade do governador e prefeito. Queremos compartilhar uma saída, porque o problema deles é também nosso problema”, disse o presidente.
A intervenção federal na segurança do Rio, em 2018, foi um fiasco que custou R$ 1,2 bilhão e foi comandada pelo general Braga Netto, candidato a vice do capitão Bolsonaro e nome preferido pelo seu partido, o PL, para se candidatar a prefeito do Rio.
O presidente defendeu o uso das Forças Armadas nos portos e aeroportos, para combater o crime organizado. No entanto, ele pontuou que os militares devem ajudar, mas sem uma intervenção.
“Quando fiz a campanha, eu ia criar o Ministério da Segurança Pública. Ainda estou pensando em criar, pensando quais são as condições que você vai criar, como é que vai interagir com os estados. Porque o problema da segurança é estadual. O que nós queremos é compartilhar com os estados as soluções dos problemas”, afirmou Lula durante o programa Conversa com o Presidente.
Segurança Pública está incluída no Ministério da Justiça, mas há quem defensa a divisão da pasta. O atual ministro da Justiça, Flávio Dino, é contra a divisão.