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Dez anos após o seu fechamento, o Museu Antônio Parreiras, pode ganhar um novo capítulo em breve. A casa de cultura do Ingá está perto de ser reaberta.
Na última quarta-feira (31), durante o lançamento do edital “Nossos Museus RJ” no Museu do Ingá, o presidente da Fundação Anita Mantuano de Artes do Estado do Rio de Janeiro (FUNARJ), Jackson Emerick, falou com exclusividade para A TRIBUNA sobre o atual andamento das obras.
“Nós já estamos com 90% das obras concluídas. A parte de baixo já está toda restaurada, agora estamos terminando a parte externa que é composta pelo jardim, e a novidade principal desta revitalização é a chegada de um elevador Lacerda. Toda essa primeira etapa ficou orçada em R$ 4 milhões”, explicou Jackson.
O presidente da FUNARJ afirmou ainda que dará prosseguimento a uma nova etapa das obras, composta pelo ateliê do museu. “Vamos abrir a licitação agora (sem revelar a data). O nosso objetivo é reabrir tudo em outubro, e entregar o espaço já com exposições”, completa.
Em março deste ano, A TRIBUNA visitou o local, e observou o andamento das obras.
Na ocasião, a diretora do Museu Antônio Parreiras, Fátima Marotta Henriques, explicou que pelo museu ser um patrimônio tombado pelo Instituto do Património Histórico e Artístico Nacional (IPHAN), mantém todo o cuidado para manter as características originais do prédio.
“As telhas foram retiradas e lavadas uma a uma. O piso foi retirado, foi recuperado e recolocado. É um trabalho lento e meticuloso. A questão da cor, veio uma especialista fazer uma prospecção para ver que cor era o museu e que tipo de tinta era usada. Houve necessidade de uma tinta mineral específica para esse tipo de argamassa. A argamassa veio um especialista indicado pelo IPHAN para fazer a mesma base de cal da época que foi construído o museu para não haver choque. Então, não é simplesmente pegar cimento, água e botar lá no emboço. Em algumas partes as rachaduras foram preenchidas com seringa. Tudo é muito devagar, tudo é muito detalhado”, comentou.
Programa Acelera FUNARJ
Realizado em parceria com a Empresa de Obras Públicas do Estado do Rio de Janeiro (EMOP-RJ), o programa Acelera FUNARJ promete revitalizar os principais equipamentos culturais geridos pelo Estado, com o intuito de trazer mais acessibilidade e modernidade aos usuários.
Assim como o Museu do Ingá, que também estava sob a responsabilidade da iniciativa, a Casa de Oliveira Vianna, também reabriu suas portas.
Localizado no bairro do Fonseca, a residência do sociólogo Oliveira Vianna, que ocupou a cadeira nº 8 da Academia Brasileira de Letras, conta com um acervo dedicado à literatura e pesquisa, possui 12 mil exemplares, incluindo fontes importantes de sociologia, antropologia e história do direito.
Além disso, o local oferece um recanto arborizado no meio da Zona Norte da cidade.
Vale lembrar que a Secretaria Estadual de Cultura e Economia Solidária (SECERJ) irá investir cerca de R$ 103 milhões na área cultural em todo o estado no próximo semestre.