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O Tribunal de Contas do Estado do Rio de Janeiro suspendeu por suspeita de irregularidades o Projeto Laboratório de Estudos de Abordagem de Proximidade (Labeprox), que foi elaborado pela Uerj para aprimorar o Segurança Presente.
Em auditoria, o TCE investigou que o programa Labeprox estava pagando pessoas sem comprovação de escolaridade, e outras que sequer compareciam ao laboratório - uma, inclusive, mora em Vancouver, no Canadá. Os salários são de R$ 2 mil a R$ 13,6 mil.
Dessa forma, todos os contratos da Uerj com o Segurança Presente foram congelados e estão sob investigação. Por conta disso, agentes civis e assistentes sociais, que compõem a operação junto com a Polícia Militar, estão com salários atrasados.
Em entrevista para A TRIBUNA, o coordenador do Segurança Presente em Niterói, Major Abrahão Clímaco, afirmou que esses profissionais deverão ter seus contratos encerrados em junho.
"Sobre nossos assistentes sociais e agentes civis, foi votado no TCE que receberão até junho, dia do julgamento, e terão os contratos encerrados. A Segov não se posicionou oficialmente sobre as medidas que serão adotadas referentes à esses profissionais, que são parte do tripé da Operação", explicou o Major.
Em Niterói, trabalham 140 agentes civis 5 assistentes sociais, muitos já não estavam trabalhando devido a dificuldade financeira.
A decisão do TCE ocorreu com três votos a favor e dois contra em uma sessão realizada nesta quarta-feira (19). O TCE afirma que o projeto era praticamente uma continuação do Observatório Social do Segurança Presente, já investigado fraudes e suspenso desde 2022.
"A questão não é falta de dinheiro para o pagamento e sim todos contratos da UERJ estarem sob investigação. Esse fato gera grande prejuízo para a Operação tanto administrativo como operacionalmente. Nós esperamos que o caso seja resolvido o quanto antes e os profissionais tenham um contrato digno e transparente para continuar nos dando o suporte e auxiliando a combater a criminalidade ", finalizou o Major.