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Abelhas sem ferrão auxiliam no reflorestamento de Niterói
Insetos estão polinizando mais de 700 mudas no Morro do Boa Vista
Abelhas sem ferrão auxiliam no reflorestamento de Niterói
Foto do autor João Eduardo Dutra João Eduardo Dutra
Por: João Eduardo Dutra Data da Publicação: 15 de setembro de 2025FacebookTwitterInstagram
Luciana Carneiro/Prefeitura de Niterói
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Abelhas nativas sem ferrão estão desempenhando um papel fundamental na recuperação do Morro do Boa Vista, no bairro de São Lourenço, em Niterói. O trabalho dos insetos, através da polinização, vem ajudando no plantio de mais de 700 mudas de espécies nativas realizado pelos garis. Assim, as abelhas estão contribuindo diretamente para a regeneração de 2,2 hectares de vegetação e para o fortalecimento do ecossistema local.

Os insetos estão alojados no meliponário mantido pela gestão municipal no viveiro de mudas da Companhia de Limpeza de Niterói (Clin). O projeto de reflorestamento, executado com mudas produzidas no viveiro da Clin a partir de resíduos de poda.

No Morro do Boa Vista está sendo implantada uma usina solar fotovoltaica com mais de 2 mil módulos capazes de gerar 1,5 MW de energia limpa, além de um sistema de captação e reaproveitamento de água da chuva. O investimento da Prefeitura é de R$ 7,7 milhões.

“Niterói possui mais da metade de seu território em áreas verdes preservadas por decreto. As ações de reflorestamento e preservação desses locais são fundamentais para garantir qualidade de vida e resiliência ambiental em Niterói. Ao recuperar ecossistemas degradados, estamos protegendo a biodiversidade, prevenindo deslizamentos e contribuindo para o equilíbrio climático da cidade”, afirmou o prefeito de Niterói, Rodrigo Neves.

A chegada das abelhas ao viveiro foi possível graças a uma doação feita por Marcelo Campos, responsável pelo Meliponário Recanto das Nativas. Criador de abelhas há dez anos, ele acredita que o cultivo de árvores nativas é fundamental tanto para a alimentação dos insetos quanto para ampliar o alcance da polinização. Para ele, a instalação do circuito das abelhas indígenas no espaço da Clin também tem um papel essencial de conscientização, aproximando crianças, estudantes e visitantes do valor das espécies nativas para o equilíbrio ambiental.

“Eu doei essas abelhas porque, com isso, estamos fazendo um grande bem para as crianças e estudiosos que visitam o viveiro, bem para o meio ambiente e bem para todos nós nesse processo. Quando entendemos que as abelhas sem ferrão não oferecem risco, passamos a enxergar como o Brasil é rico em biodiversidade e a importância de preservar cada espécie. Essa criação também contribui para a polinização cruzada, fortalecendo o projeto de reflorestamento realizado pelo viveiro da Clin”, destacou Marcelo Campos.

Com uma produção anual de mais de 170 mil mudas de 305 espécies da Mata Atlântica, incluindo pau-brasil, aroeira, ipês, figueira-da-pedra e frutíferas como jabuticaba, açaí e pitanga, o viveiro da Clin é um dos pilares da política ambiental da Prefeitura. Além de reforçar a vegetação nativa, as abelhas sem ferrão também auxiliam na polinização de plantas cultivadas e na produção de mel, cera, pólen e própolis.

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