A função do assessor se deteriora quando lhe falta a sensibilidade de analisar os fatos acima da limitada visão do ambiente de trabalho e é maior a subordinação aos líderes, técnicos, órgãos públicos ou entidades.

O assessor tem de traduzir o conceito de que não é um "puxa-saco" e não precisa estar ideologicamente vinculado ao contratante. Tem de ser superior ao conhecimento acadêmico e, nos tempos atuais, não pode se limitar a consultas na Internet, que é volúvel e exige a autocrítica dos fatos arrolados.

Tem de saber dialogar e melhor informar os seus clientes, ampliando-lhes os horizontes do conhecimento da vida prática e dos dominantes contrastes teóricos.

A assessoria pode ser uma grande escola, inclusive revendo valores rotineiros.

Quando, junto o poeta e administrador público, Ezíquio Araújo, criamos a Etapa, estabelecemos que ela não seria uma empresa tradicional na busca do lucro;

Queríamos aprimorar o exercício parlamentar, num tempo que os Legislativos não tinham o inchaço de servidores e a assessoria necessária teria de ser calcada nas limitadas Comissões Técnicas daquelas casas. 

Fator determinante foi a limitação da escolha do quadro de clientes: apenas dois por setor, levando-se em considerações as geográficas, definições de áreas econômica-sociais ou dedicações especializadas como educação, cultura, ruralismo, movimentos corporativos, juventude, idosos, esportes e até religiosas.

Haveria de ter a diversidade consagradora da época sem embates pessoais. (Continua)