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A memória de uma cidade, parte 2
A memória de uma cidade, parte 2
Foto do autor Célio Junger Vidaurre Célio Junger Vidaurre
Por: Célio Junger Vidaurre Data da Publicação: 18 de novembro de 2023FacebookTwitterInstagram
Foto: Reprodução

Por ter conseguido uma vida mais longa do que seus contemporâneos, Henri Wadih Curi, que nasceu em 1916 e viveu por 102 anos até 2018, executou sua missão de médico humanista dando aos seus milhares de pacientes uma maneira melhor de enxergar a vida. Desde quando foi graduado em 1938 em Medicina pela Universidade Federal fluminense especializou-se em Oftalmologia. DR. Henri Curi passou a sua vida dando alegria àqueles que o procuravam como profissional. Foi um baita ser humano. 

Passou a transmitir seu carisma não só para a sua própria família de oito irmãos, para seu filho, seus sobrinhos e primos. Todos viam naquela doce figura de sorriso aberto, o autêntico cidadão que ficaria como marca de uma geração e, melhor, os Curis passaram a brilhar não só na medicina, mas, também em todos os setores da sociedade niteroiense. DR. Henri participou de todas as instituições de classe, foi 1º Secretario do CREMERJ, 1º Secretário da Associação Médica Fluminense, Acadêmico Emérito da 1º AMERJ e Fundador da Academia de Medicina do Estado do Rio de Janeiro. 

Essa brilhante história de DR. Henri Curi teve desfechos na cidade só presenciada e testemunhada pelos familiares e amigos de seu tempo que sabem do tamanho desse médico de coração grande que trazia quase todo o interior fluminense ao seu consultório da Av. Amaral Peixoto, Nº 334, Centro de Niterói. Era tanta gente que, por vezes, alguns pacientes já de alguma intimidade com o nobre médico, lhe dizia em tom de brincadeira: “DR. Henri o senhor vai acabar vereador lá na minha cidade. ” Ele, simplesmente, sorria.  

Como já dito anteriormente, os Curis, pelo que parece, não vieram aqui só para brilhar na medicina, brilham em qualquer setor que for convocado. Tivemos o General Edmond Curi, vários médicos e, na advocacia, nada foi diferente. Seu primo, Darci Felipe Cury, um notável entusiasta do direito, um gentleman com seus colegas de profissão que, infelizmente, foi sucumbido por uma brava leucemia, mas, que, aqui deixou sua marca entre nós. Seu filho, Cesar Felipe Cury é hoje um dos mais respeitados Desembargadores do Tribunal de Justiça do Estado do Rio de Janeiro. 

Então, para quem conheceu o DR. Henri Curi de perto e sabia de seu talento e, hoje, como é plenamente sabido que a medicina passa por um momento crítico, vivendo num paradoxo, pois, os robôs estão desafiando os nossos médicos modernos, querendo, extirpar essa classe que a população de um modo geral sempre foi muito grata. Claro, de mágica de robôt não entendemos. Como seria essa articulação robótica para retirar os sorrisos dos Curis? 

Nada de exagero, mas, verdadeiramente, quando se tem um amigo da estirpe e do humanismo de DR. Henri Curi, por certo, ser gentil, talvez, não é mais importante do que estar certo. A separação é fundamental para se ter a certeza de onde se quer chegar, qual o caminho a tomar, pois, assim procedendo, sem quaisquer garantias, a vida continuará nos dando apenas o tempo para fazer nossas escolhas. 

 

A ALEGRIA É A FORMA MAIS SIMPLES DE GRATIDÃO! 

 

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