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A ESPERANÇA DA EXTREMA DIREITA
A ESPERANÇA DA EXTREMA DIREITA
Foto do autor Célio Junger Vidaurre Célio Junger Vidaurre
Por: Célio Junger Vidaurre Data da Publicação: 26 de outubro de 2024FacebookTwitterInstagram

    Nessa expectativa de segundo turno que a maioria vencedora poderá ser dos candidatos da direita, viu-se o surgimento no final das campanhas do retorno de Jair Bolsonaro. O Capitão inelegível acredita que poderá "tirar partido" dessa turma que será vitoriosa no domingo, dia 27/10  e, assim, conseguir o mesmo que Lula conseguiu, apesar de ter sido preso e condenado.

       Já é público e notório que Bolsonaro, antecipadamente, toma atitudes claras para eleger seu preferido para Presidente da Câmara Federal, Hugo Motta, líder dos Repubicanos. Todavia, Arthur Lira, atual Presidente, já percebeu a manobra e tentará evitar que essa tentativa tenha êxito. A tática Bolsonarista ficou patente desde o momento em que apareceu nesses dias finais da campanha de Ricardo Nunes para a reeleição na Prefeitura de São Paulo. O aparecimento tardio mostra uma total falta de empatia, ou mesmo, uma sincronia entre Nunes, Bolsonaro e o Governador Tarcísio.

        Ficou quase impraticável reverter a inelegibilidade imposta pela Justiça Federal e referendada pelo STF, mas, mesmo assim, pretende correr por todo o país discursando que vem sofrendo perseguição política do Supremo. Na verdade, nada poderá ser descartado, pois, em política acontece de tudo, até o que "Deus duvida". Não querendo ser saudosista, em 1930, Getúlio Vargas foi derrotado  pelo paulista Júlio Prestes e desbancou o Presidente Washington Luiz e o exilou, assumindo a Presidência que ficou por 15 anos (1930/1945).

        Já tivemos outras loucuras nessa Presidência do Brasil. Em 1961, Jânio Quadros assumiu o governo e sete meses depois renunciou. Até hoje, muita gente não entendeu o gesto daquele "homem da vassoura". Em 1990, Fernando Collor de Mello, o Caçador de Marajás de Alagoas, conseguiu tapear uma população inteira e saiu através de um impeachment vergonhoso. Seu primeiro ato como Presidente foi "tomar" o dinheiro de todo brasileiro e, depois, deu no que deu. O próprio irmão denunciou suas mazelas com Paulo César Farias.

       De qualquer forma, a avaliação é que o ex-presidente já tem perfeita noção da dificuldade de retornar. No entanto, deseja deixar a impressão de que a direita, através dele ou de outro, tenha uma candidatura em 2026 com possibilidades de êxito. Certo mesmo é a sua volta só em 2030, não se sabendo com qual perspectiva, pois, não descarta um surgimento de um novo MESSIAS, inclusive, de um novo MARÇAL. Ou seja, será o tempo dos retornos dos reacionários.

        Conclui-se que o Capitão, ao comparecer em algumas campanhas de seus "aliados", corre o risco de transmitir apenas que quer usar essa gente para atingir um objetivo que tornou-se muito difícil. Mesmo porque, já criou uma "sarna pra coçar" com o surgimento do atual governador de São Paulo, Tarcísio Freitas. Será que vale tudo para se chegar ao poder?
QUEM EXERCE PODER MUITAS VEZES TEM MEDO DAQUELES A QUEM SUBMETE.

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