A previsão da inflação brasileira aumentou pela 18ª semana seguida, de acordo com os dados do Boletim Focus, publicado pelo Banco Central nesta segunda-feira (17). A expectativa do Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), considerado a inflação oficial do país, subiu para 5,60% nesta semana.

Vale destacar que o índice segue acima do teto da meta estabelecida pelo Conselho Monetário Nacional (CMN), que é de 3%, com margem de tolerância de 1,5% para cima ou para baixo. Ou seja, será considerada cumprida a meta se o resultado ficar entre 1,5% e 4,5%.

A inflação do país desacelerou em janeiro, ficando em 0,16%, o menor valor para o primeiro mês do ano desde 1994, ou seja, desde a criação do Plano Real. Porém, o acumulado dos últimos 12 meses ainda ficou acima do teto da meta, em 4,56%.

Para 2026, 2027 e 2028, as projeções também subiram para 4,35%, 4% e 3,80%, respectivamente.

A principal ferramenta de controle da inflação, a taxa de juros básico da economia, a Selic, manteve a projeção de encerrar 2025 em 15% ao ano. Atualmente, a taxa é de 13,25%, mas há a expectativa que ela suba para 14,25% em março. A expectativa para 2026, 2027 e 2028 ficou estável em 12,50%, 10,50% e 10%.

Também na direção contrária do desejado, a expectativa para o Produto Interno Bruto (PIB), que é a soma de bens e produtos finais produzidos no país, caiu nesta semana. Essa é a segunda queda seguida do indicador, que chegou a 2,01% no Boletim Focus desta segunda-feira (17).

O índice ficou estável para 2026 e 2028 em 1,70% e 2%, respectivamente, e registrou aumento para 2027, chegando a 1,98%.

Já a previsão do câmbio dólar ficou estável em R$ 6 para o final de 2025, assim como para 2026. Para 2027, a projeção caiu para R$ 5,90, assim como para 2028.