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“Eu vou à luta com essa juventude”. Em Niterói, há uma nova geração de estudantes, disposta a se organizar para difundir conhecimento e revolucionar a Educação do país.
É que um grupo deles, do Instituto Gay Lussac, tradicional escola de São Francisco, na Zona Sul da cidade, criou, em fevereiro deste ano, o MOG (Modelo Diplomático Gay Lussac): uma simulação de uma assembleia da ONU (Organização das Nações Unidas), majoritariamente realizado por iniciativa dos jovens que - numa média etária de 17 anos - pertencem ao Itinerário de Humanidades da instituição.
“Dentro do MOG, despertamos o interesse dos alunos em participar de uma simulação da ONU, o que pode formar, até mesmo, futuros diplomatas”, explica o incentivador e professor de História Paulo Sias, que despertou o interesse dos alunos, depois que os encaminhou a participar do Modelo Mirim da PUC (Pontifícia Universidade Católica), no Rio.
A estudante Giovanna Longo é a secretária geral do projeto e foi uma das que se apaixonou pela proposta, sentindo-se inspirada a trazer a experiência para Niterói:
“Essa conexão com o mundo externo, com a geopolítica internacional e nacional, incentivou a gente a trazer isso para a nossa escola. Quem cursa universidades também pode participar”.
Vale lembrar que, no Gay Lussac, uma das matérias do Itinerário é “Introdução a Relações Internacionais”.
Em Niterói, a iniciativa do MOG é pioneira, porque o evento, que ocorrerá numa imersão de três dias - entre 11 e 14 de julho -, será aberto a outros estudantes de escolas públicas e privadas da cidade, do estado do Rio e do Brasil.
As inscrições começaram no último dia 25 de maio e durarão até o início do evento.
Já a imersão é dividida em temas como o Plano Collor; O Conselho de Direitos Humanos dos Povos Uigure, da China; e a Primavera Árabe.
Outra das articuladoras do evento, a secretária de Comunicações Bettina Nunes Dantas ressalta que o MOG expande o horizonte dela e de seus colegas, inclusive em termos de formação acadêmica.
“Eu, particularmente, quero fazer Direito. No modelo, a gente conheceu muitas pessoas que fazem parte do Secretariado e diretores, que são de profissões de fora da área de Humanas: gente que fazia Engenharia, Biologia ou Medicina.
"É muito interessante, porque a gente percebe que as áreas se misturam”, enalteceu.
Giovanna acrescenta que a simulação é uma oportunidade para se exercitar a consolidação da democracia no país.
Isso porque, no MOG, os alunos podem saber como “se posicionar no mundo”, através do diálogo:
“Treinar sua oratória, sua postura e, em diálogo com outras pessoas, aprender a entender o ponto de vista do outro e defender o seu.
"O principal é o diálogo, como mediação para os conflitos: de algo simples, do dia a dia, a algo mais relevante”.
Organização
O Secretariado é o órgão responsável por organizar o evento, em atribuições que envolvem finanças e inscrições.
Já os delegados são selecionados pelo secretariado, por competência e experiência em debater assuntos previamente selecionados.
Quem se interessar pelo modelo diplomático, pode entrar em contato, pelas redes sociais: @modelogaylussac no Instagram.
Na bio, há o link das inscrições. A aluna Luíza Werneck – que também organiza o MOG - explica que, após a inscrição, o participante escolhe a delegação que o representará:
“Numa simulação diplomática, se a pessoa for, por exemplo, para a ONU, vai escolher quem vai delegar.
"E se delega de acordo com a maior verossimilhança possível, sendo fiel à ideologia da delegação original, seguindo-se ao máximo o seu dossiê ou a sua política externa”.
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