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A Polícia Civil e o Ministério Público do estado do Rio de Janeiro realizaram hoje (9) uma operação de busca e apreensão para esclarecer o assassinato de André Henrique da Silva Souza e Juliana Sales Oliveira ocorrido em 14 de junho de 2014. O casal foi executado com mais de 40 tiros. De acordo com as investigações sobre o caso, André, conhecido como Zóio, atuava como miliciano e teve a sua morte planejada pelo ex-vereador Cristiano Girão por conta de uma disputa de território. O crime ocorreu em junho de 2014, no bairro da Gardênia Azul, zona Oeste do Rio. A autoria dos disparos ficaram por conta do policial militar reformado Ronnie Lessa, preso em março de 2019 pelo atentado contra a vereadora Marielle Franco.
As diligências aconteceram no Rio de Janeiro e em São Paulo. Participaram da operação policiais da Delegacia de Homicídios da Capital (DHC) e do Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa (DGHPP), da Polícia Civil de São Paulo, agentes do Grupo de Atuação Especial no Combate ao Crime Organizado (Gaeco) do MPRJ, da corregedoria da Secretaria de Estado de Polícia Militar e da Secretaria de Administração Penitenciária.
O homicídio do casal é semelhante ao assassinato da vereadora, de acordo com a Delegacia de Homicídios da Capital. O casal estava em um Honda Civic prata quando pelo menos três homens em um Fiat Doblò também prata abordaram o casal com os carros em movimento. De acordo com as investigações as armas usadas nos crimes são diferentes. O material apreendido na operação, segundos os agentes, pode conter pistas que ajudem a elucidar mais dados sobre o assassinato de Marielle Franco e do motorista Anderson Gomes.
São investigados o Ronnie Lessa e o Cristiano Girão e esse crime tem características muito peculiares e que se assemelham muito ao crime que vitimou a vereadora Marielle Franco e o seu motorista: os tiros concentrados, o veículo em movimento e até o fato de uma pessoa inocente, que não tinha nada a ver com os objetivos desses criminosos, sendo vitimada também, declarou Antônio Ricardo Lima Nunes, delegado diretor do Departamento Geral de Homicídios e Proteção à Pessoa.
Ambos, Ronnie e Cristiano, cumprem punições judiciais. Ronnie, se encontra a disposição da justiça em uma penitenciária de segurança máxima em Porto Velho, Rondônia. Na mesma unidade está o ex-policial militar Élcio Queiroz acusado de ser motorista do carro do atentado contra Marielle. Já o ex-vereador Cristiano Girão é monitorado por tornozeleira eletrônica por responder em liberdade no nordeste desde 2015 pelos crimes de formação de quadrilha e lavagem de dinheiro. O ex-vereador foi condenado a condenado a 14 anos de prisão e está impedido de retornar ao Rio de Janeiro.