Hoje, as principais operações da Polícia Rodoviária Federal em Niterói são a fiscalização de motocicletas irregulares.

É o que informou Alexandre Izaú, chefe da 2ª Delegacia da PRF, que cuida da região Leste Fluminense, durante reunião do Conselho Comunitário de Segurança de Niterói.

Izaú argumentou que 44% do número de mortes no trânsito envolvem motocicletas. E por isso, as operações de blitz feitas na BR-101 quase sempre envolvem motos.

"Fazer a fiscalização na Ponte Rio-Niterói é muito difícil, por isso costumamos fazer operações no seu acesso. E o principal problema são as motos, esse é o nosso foco. Fiscalizar todos os veículos causaria um transtorno imenso e desnecessário para o trânsito", afirmou Izaú.

O chefe da PRF ainda expôs que a fiscalização dos outros veículos é feita principalmente por monitoramento em vídeo, e explicou como é complicado inibir as carretas que passam em horários irregulares.

"O desestímulo desses veículos transitando em horário irregular seria a multa. No entanto, a multa é muito baixa. Com desconto, ela fica em apenas R$ 104,00. Então pagar a multa muitas vezes compensa. Para passar por Magé, o motorista vai pagar quase isso de pedágio, e ainda vai ter um grande risco de ter sua carga roubada no trecho de Duque de Caxias, que é onde mais ocorrem roubos desse gênero", disse Izaú.

Veículos apreendidos são encaminhados para um terreno próximo ao 12° Batalhão, sejam motocicletas ou até veículos de grande porte, na rua Heitor Carrilho, no Centro.

Casos insólitos também acontecem na Ponte Rio-Niterói, e foram contados na reunião.

"Às vezes tem gente cruzando a Ponte de bicicleta. Gente cruzando até à pé. Em casos assim, a própria concessionária consegue inibir facilmente e recolher essas pessoas", finalizou.