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IGP-DI sobe pela primeira vez no ano em abril
Índice do FGV IBRE subiu 0,72%, mas ainda acumula queda em 2024
IGP-DI sobe pela primeira vez no ano em abril
Foto do autor João Eduardo Dutra João Eduardo Dutra
Por: João Eduardo Dutra Data da Publicação: 08 de maio de 2024FacebookTwitterInstagram
Fonte: Marcelo Casal Jr/Agência Brasil

O Índice Geral de Preços – Disponibilidade Interna (IGP-DI) subiu 0,72% em abril, segundo os dados publicados nesta quarta-feira (8) pelo Instituto Brasileiro de Economia da Fundação Getúlio Vargas (FGV IBRE). No mês de março, a taxa havia sido de -0,30%. Com este resultado, o índice acumula queda de -0,26% no ano e de -2,32% em 12 meses. Em abril de 2023, a taxa havia variado -1,01% e acumulava queda de -2,57% em 12 meses.

O IGP-DI é um indicador do movimento de preços que cobre todo o processo produtivo, desde preços de matérias-primas agrícolas e industriais, passando pelos preços de produtos intermediários até os de bens e serviços finais. Ele é composto pela média aritmética ponderada do Índice de Preços ao Produtor Amplo (IPA) (60%), do Índice de Preços ao Consumidor (IPC) (30%) e do Índice Nacional de Custo da Construção (INCC) (10%).

Para efeito de coleta de preços, o IGP-DI mede a evolução dos valores no período compreendido entre o primeiro e o último dia do mês de referência. O conceito de Disponibilidade Interna (DI) refere-se à produção nacional e às importações, excluindo as exportações.

"Nesta apuração, o índice ao produtor mostrou aceleração nos preços de commodities importantes, como soja, café e minério de ferro, sendo a primeira, a principal responsável pelo aumento da taxa do IPA. No âmbito do consumidor, os destaques foram gasolina e alimentos in natura, especialmente mamão e tomate. Por fim, no INCC, a principal contribuição veio da mão de obra, que registrou um avanço de 0,81% em abril e acumula alta de 7,15% nos últimos 12 meses". Estas observações foram destacadas por André Braz, Coordenador dos Índices de Preços.

O IPA subiu 0,84% em abril. No mês anterior, o índice havia registrado queda de 0,50%. Na análise por estágios de processamento, a taxa do grupo Bens Finais variou de -0,23% em março para -0,04% em abril. A principal contribuição para este resultado partiu do subgrupo alimentos processados, cuja variação passou de -0,85% para 0,62%.

A taxa do grupo Bens Intermediários passou de 0,68% em março para 0,62% em abril. O principal responsável pelo recuo da taxa do grupo foi o subgrupo suprimentos, cuja taxa passou de 1,10% para -0,44%. Já o estágio das Matérias-Primas Brutas subiu 2,06% em abril, após queda de 2,15% em março.

O Índice de Preços ao Consumidor (IPC) subiu 0,42% em abril. Em março, o índice variou 0,10%. Seis das oito classes de despesa componentes do índice registraram acréscimo em suas taxas de variação: Educação, Leitura e Recreação (-2,22% para -1,24%), Saúde e Cuidados Pessoais (0,32% para 0,87%), Alimentação (0,56% para 0,90%), Transportes (0,21% para 0,52%), Comunicação (-0,31% para 0,57%) e Vestuário (-0,03% para 0,02%).

O Índice Nacional de Custo da Construção (INCC) subiu 0,52% em abril, ante 0,28% no mês anterior. Os três grupos componentes do INCC registraram as seguintes variações na passagem de março para abril: Materiais e Equipamentos (0,18% para 0,32%), Serviços (0,25% para 0,30%) e Mão de Obra (0,42% para 0,81%).

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